segunda-feira, 25 de junho de 2007


O arranha-céu, símbolo arquitetônico mais chamativo e escandaloso do século XX, nasceu como expressão do movimento modernista, marcado por sua total ojeriza ao ornamento, enfatizando que a arquitetura, antes de tudo, devia servir à função (funcionalismo). Para Mies van der Rohe, um dos seus expoentes europeus, "a forma é a função". O seu estilo - que nos anos de 1920 foi denominado de International Style - não se apegava a nada do que fora feito no passado (pois é anti-historicista), visto que a arquitetura clássica greco-romana era horizontalista (a extensão predominando sobre a altura) e sustentada por colunas com capitéis decorados.
A arquitetura das catedrais, por sua vez, particularmente durante o período barroco, exibia um excesso de decoração. O arranha-céu, materialização do individualismo, do pragmatismo e do empirismo do homem contemporâneo, procurou eliminar ou reduzir ao mínimo o acessório, recorrendo a formas e materiais muito próprios para pôr em pé um prédio que espelhasse a sua singularidade (exclusivismo). A extraordinária massa de vigas de ferro, vidros e demais elementos, postos eretos em direção aos céus, espelha a arrogância do sucesso de algum homem notável, muito bem sucedido nos negócios, ou da sua empresa (Rockefeller Center, Palmolive building, etc.), ao mesmo tempo em que livremente expõe-se à admiração pública para que a sociedade reconheça quão espetacular foi àquela ascensão.

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